tag:blogger.com,1999:blog-79923693485054056952024-03-05T09:01:16.878-03:00nonada,Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.comBlogger181125tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-6954433444204236382013-10-14T17:34:00.000-03:002013-10-14T17:34:11.675-03:00Polegar OpositorComeçou com um sms nervoso perguntando se vai dar tudo certo, se eu consegui as caixas. Claro que vai, já tá dando tudo certo. Daí pula pra mulher do SAC do mercado não deixando pegar o carrinho emprestado. O segurança dizendo que, se deixar aí, vão levar essas caixas que você arrumou tão direitinho pra caberem umas dentro das outras, tem que levar tudo de uma vez, até porque seus amigos que moram perto e têm carro não atendem o celular. Tudo bem, me vê uns sacos plásticos; e corta daqui, amarra dali e temos dois pacotes capengas de caixas vazias pra carregar um em cada mão, pena que seus braços são pequenos. Cinco metros pra frente e cataploft. Mais sete e de novo e a mulher fumando na porta se compadece; deixa eu amarrar melhor pra você. Obrigada; mas caiu tudo no primeiro passo. De novo, pisando pequenininho agora. Pausa a cada dez metros. A rua do mercado nunca foi tão longa. Os fones pendurados no pescoço, fodam-se eles, qualquer música que tocar no momento vai ser tipo Beethoven em Laranja Mecânica.<br />
De repente a sensação de que tem algo ali, algo que não costuma aparecer tanto, o que que é? Que porra é essa? E o vento bate e quase carrega os pacotes e chovem uns frutos verdes da árvore e tudo no chão, espalhado. Na primeira tentativa de colocar as caixas no lugar, eureka! O que não costuma aparecer tanto, a sensação de estranhamento se explica: os dedos todos doem. Segurando as caixas de novo eles latejam, se fazem mais vivos do que nunca. Primata. Humano. Encéfalo desenvolvido e polegares opositores. Obrigada, genética, qualquer outra espécie não seria capaz de carregar aquela pilha de caixas, que agora está firme sob dedos orgulhosos da função que cumprem, que é aquilo pra que foram feitos e quase nunca lembramos. Agora sim, o polegar opositor é protagonista e executa sua tarefa de maneir_cataploft.<br />
Merda de vida. Num último esforço, agarrou tudo de qualquer jeito em uma única pilha e correu até a esquina, porque olhar mais uma vez pra trás e ver o supermercado seria traumático. Mais cinco passos corridos e foi a vez dos polegares jogarem tudo no chão, gritando de dor, sentindo a resistência do ar como se fosse um muro invisível (malditos exercícios de física do ensino médio que mandavam sempre ignorar a resistência do ar.). Assusta-se um transeunte que vai a poucos metros à frente. É um tremendo olhador, ao que parece, pois leva quase 11 segundos pra dizer qualquer coisa. É gago. Ahn? Ah, não, obrigada, não precisa. Sério, tudo bem, eu tou carregando isso desde muito longe (mentira, há uns 300 metros, mas ele não precisa saber). Ainda olha por uns instantes, as caixas olham de volta. Vira e vai embora, nunca saberá do poder primata que tem.<br />
É uma reta curta, que termina numa subida também curta, porém arriscada, por motivo de: carros passando. Carros que não poderei ver enquanto carrego o fardo que me tampa a vista do lado direito por completo. Mas vamos. Devagar.<br />
Na terceira e última parada antes de subir, o mendigo dorminhoco ataca novamente. No meio do caminho, atravessado. Curva para a esquerda, então e a ladeira passa sem que se veja nada, nem carros, nem chão, nem frente ou trás, nem pintores do prédio do outro lado da rua, que já pararam de pintar faz tempo e só observam o espetáculo. Finalmente o portão. A mão esquerda nunca mais será a mesma; os dedos tremem tanto que a fechadura entorta, mas dane-se, porque agora o que se vê é o lado de dentro, a escadaria. (Se isso fosse um jogo de tarot, A Escadaria seria O Enforcado.)<br />
Venta mais. Resistência do ar. Resistência das mãos. Do cabelo todo enfiado no olho. Quantas caixas será que tem aqui? Av. Voluntários da Pátria, 314-Porto Alegre, RS e embaixo a sequência de números do CEP CNPJ PEPSICO BRASIL LTDA. Tem uma Voluntários da Pátria em POA.<br />
Uma única parada, causada pelo vento (porque agora os dedos são fortes e não sentem nada além do tremor violento), que derruba metade do conteúdo espalhada pelos degraus. Sísifo. Camus. Kafka. Seus filhos da puta, duvido vocês terem carregado trezentas caixas da pepsico ltda portalegre quatrocentos e noventa e quatro degraus acima. Sai, sai todo mundo daí que talvez fique mais leve.<br />
No último pique, o topo, o outro portão, a rua de casa. Correndo que nem criança no Natal e que ganhou presente grande. O reflexo no vidro de um carro: cara-de-indigente. O mesmo carro acelera, quase acerta, faz a volta e passa do outro lado, em câmera lenta, ao volante um espécime macho, óculos playsson, buzina, dá tchauzinho, caixas no chão, enfia a buzina no cu. Adeus.<br />
Nos últimos cinquenta metros a promessa de usar mais a mão esquerda na vida e o ódio pela sociedade contra-canhotice, contra ambidestrice. Última parada a cinco ridículos metros do portão de casa. A pilha de caixas balançando contra o paralelepípedo, outro carro em sua direção. Calmamente volto à formação original de duas pilhas, abraço a primeira, o carro para a 30 centímetros e diz que aquela é a sua vaga, se eu posso dar licença, não, não posso, continuo, o portão destrancado, ponho as caixas com esmero no chão, volto pra buscar o resto, a vizinha do carro vesga de incompreensão, desculpe, é que minha mão não me deixa pensar.<br />
Finalmente tudo dentro dos limites de espaço que habito, o 375 da Engenheiro Coelho Cintra em que o carteiro enfia a correspondência e o marcador de gás toca a campainha todo mês, mesmo sem precisar. As caixas agora também moram aqui a partir de agora e os polegares que renasceram e a mão esquerda que nunca mais será a mesma e os frutos verdes que caíram da árvore lá atrás há vários dias, ainda no meio da jornada e um novo sms e vejo a hora e na verdade isso não faz nem dez minutos.Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-33961558461377227552013-03-19T01:08:00.003-03:002013-03-19T01:08:36.468-03:00A Grande Parada<span style="font-size: xx-small;">*Prometo, antes de mais nada, me controlar para não fazer trocadilhos com o título.</span><br />
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span>
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span>
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span>
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span>
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span>
Não é que as pessoas sejam todas iguais, é que elas são muito parecidas. Não por sua culpa, vejam bem, afinal, todas têm de comer, respirar, beber, cagar, produzir enzimas, fazer ciclo de krebs, etc etc. Ninguém escolheu fazer isso e, salvo raras exceções, creio que ninguém escolheria. Mentira, comer e beber, não por necessidade, mas por amor. Talvez outros escolhessem o ciclo de krebs, a respiração celular, o crossing over, mas entendam, <i>escolheriam</i>. Se suprir as necessidades básicas eu não sei o que eu tou falando, deixa pra lá, vou terminar com ~ ~<br />
doce de banana.<br />
<br />
Obg.Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-79003509681166451072012-11-22T13:12:00.000-02:002012-11-22T13:12:13.568-02:00Para o Papai Noel (porque fui uma boa menina esse ano)Eu queria tanto encontrar uma pessoa como eu, com quem eu pudesse conversar alguma coisa sobre mim. Dispenso confissões. Ela falaria também, mas seriam as mesmas coisas. Eu queria que o espelho ganhasse vida, ou algo assim. Queria alguém que discordasse nos momentos oportunos e concordasse quando fosse necessário. Alguém com os mesmos níveis de ironia, gosto por coisas babacas e autoestima. Alguém pra ir tomar no cu quando eu mandar, pra tomar meu cu e enfiar algo nele quando eu merecer.<br />
Todas as minhas exigências são porque queria alguém para exigir algo de mim. E que me mandasse deixar o guarda-chuva em casa sempre, foda-se se o Rio é a nova Londres. Não é para ser um romance, não é para ser um caso de família. É alguém que sou eu e que conversa comigo sem eu precisar fazer a maluca que fala sozinha. Eu quero um clone, uma cópia, porque confio que seremos diferentes, que seremos que nem eu na tpm, com dupla personalidade.<br />
E é isso, basicamente, uma vaidade degradante, o que eu mais espero pros próximos dias da minha vida; eu.Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-89481033032448081972012-08-21T03:33:00.001-03:002012-08-21T03:35:41.806-03:00Mas que NadaHoras explicando que amanhã será tarde e depois de amanhã nem existe, até que vem alguém e escuta por dois min:<br />
<br />
_Atá, carpedin...<br />
<br />
O primeiro interlocutor:<br />
<br />
_Malditos ateus!Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-7432635930125250702012-07-30T16:06:00.001-03:002012-07-30T16:07:07.522-03:00Modéstiaparte<br />
<div class="MsoNormal">
Escrevo em busca de redenção, porque meu dente dói, ele quer
sair, a gengiva é cretina e fica segurando. Daí eu sofro (um pouco só).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Bateu a porta com força desnecessária, e tenho certeza de
que não foi por descuido ou distração, é que marcar espaços lhe é uma grande
característica. Explico: resolveu que não gostava dos momentos breves, das
sensações fugazes e então passou a engastar energia que concentra com certo
esforço em todos os seus atos. <o:p></o:p></div>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-84179828568977952062012-07-01T18:42:00.001-03:002012-07-01T18:42:07.968-03:00Doppelganger<a href="http://www.youtube.com/watch?v=XtC9A54x9Q0">http://www.youtube.com/watch?v=XtC9A54x9Q0</a>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-89508644322986368622012-06-26T01:24:00.002-03:002012-06-26T01:24:48.208-03:00EuQuando um não quer,<br />
dois se fodem.Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-29482563017044730922012-06-16T10:53:00.001-03:002012-06-16T10:53:21.411-03:00RessacaO núcleo se forma, basicamente, por uma quantidade considerável de pensamentos absurdos, algumas xícaras de mescalina pura, amigos errados, livros mal acabados, idéias não-realizadas, perguntas não feitas e balinhas de goma de tamanhos variados.<br />
<br />
O que estiver na casca não conta muito, é só a parte visível, que está para não estar, que mostra o que ninguém gostaria de ver, é um som meio chato, um gosto ruim que fica na boca, uma foto rasgada, uma lembrança tosca, um cachorro abandonado.Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-63031586668541178622012-06-05T16:55:00.001-03:002012-06-05T16:55:09.381-03:00"Jay Commited Suicide"Dizia que seu alterego era um menino de sete anos e que podia vê-lo nitidamente quando entrava no provador de qualquer loja para experimentar vestidos que nunca levava, porque é óbvio que nunca lhe caíam bem. Passava em frente a um colégio todos os dias no caminho de casa e diminuía o passo para poder ver os cabelos das meninas mais de perto. Em meio a tal profusão de penteados sentia-se no paraíso, não pensava em nada, só em como a vida era boa por proporcionar-lhe tal visão diariamente.<br />
Ao chegar em casa, abria cuidadosamente um jogo de lápis aquarela 126 cores que ficava em cima do guarda-roupa de seu irmão mais velho. Há algumas semanas reparou que não necessitava mais usar a cadeira da sala, nem o banquinho da cozinha para alcançá-lo. Há alguns dias reparou que haviam algumas rugas ao redor de seus olhos e nenhum problema de adulto para resolver, caiu em depressão, tomou um pote de sorvete de flocos_o seu preferido_inteiro e sentiu-se melhor.<br />
Foi no dia em que achou uma foto de sua época de infância debaixo da cama que resolveu que nem o tratamento psicológico mais poderoso poderia salvá-la; descobriu que nunca havia sido quem o exterior lhe mostrava. Vendou os olhos e abriu a porta de casa; saiu para a rua esperando ser arrebatada pelo primeiro veículo em alta velocidade que passasse.<br />
Sua mãe a encontrou debaixo do sofá, logo em frente à cabaninha de lençóis que havia feito dois dias atrás, dormindo o sono pesado que só aqueles com menos de dez anos possuem.Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-52772108748377142282012-05-24T02:35:00.001-03:002012-05-24T02:35:39.782-03:00Pão e CircoEu tenho uma ideia para uma foto que já é bem antiga. Tão velha que vem de antes de eu aprender o pouco que aprendi sobre fotografia e que agora já faz um tempo que parece bem distante. Tão idosa que vem da época em que eu só praticamente ouvia Mutantes, mais especificamente dois álbuns que são os mais geniais que já ouvi. Tão anciã que vem de antes de me proferirem as palavras mágicas que me obrigariam a consentir que um óbvio indesejado de fato se faz real: os mutantes não faziam música brasileira.<br />
Eu tenho uma ideia para uma foto que tem a Central do Brasil, um homem de barba que sorri, cinco horas das tarde e uma melodia grudenta. Folhas de sonho e jardim, ao mesmo tempo, sobrepostos na impressão, à meia luz. Havia também um punhal, que usei para matar o homem e me fez ficar sem foto, me fez esquecer dos mutantes, me fez odiar dias muito iluminados.<br />
Eu tenho uma ideia para uma foto da qual me lembro às vezes, em manhãs especialmente iluminadas de sol, ou quando vou ao zoológico. Mas acordo ao meio dia e o funcionamento da Quinta da Boa Vista bate com meu horário de trabalho.<br />
Hoje eu vi navios no ar enquanto sonambulava pelo Flamengo e tive uma ideia para uma foto que achei genial, mas então lembrei que havia matado meu amor um pouco antes de ter começado a gostar de Mutantes.Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-13994060193263941672012-05-08T12:15:00.002-03:002012-05-08T12:15:53.675-03:00Account Temporarily UnavailableMeu Facebook saiu do ar há mais de vinte e quatro horas, não sei o que fazer. Venho escrevendo aleatoriedades chatas desde então.<br />
<br />
Câmbio, desligo.Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-12066631781308447632012-03-28T07:34:00.001-03:002012-03-28T07:35:18.291-03:00Sobre o Dia em que Sequestramos duas Pessoas<div style="text-align: right;"><p class="MsoNormal">Veneno não era, talvez fosse apenas o que diziam que era, talvez fosse água da pia, que também se pode locar numa categoria de veneno, talvez fosse a melhor coisa que beberiam em suas vidas. Tomou um gole, ela primeiro, porque nem ao menos pensara em qualquer possibilidade, talvez nem quisesse água, apenas disse que queria para não discordar de alguma frase que não ouvira enquanto devaneava. Depois bebeu ele, devagar, com receio, hesitando a cada gole. Era água. <o:p></o:p></p></div>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-3027079928151647762012-03-16T15:09:00.000-03:002012-03-16T15:10:45.971-03:00Pros amigos<p class="MsoNormal" style="font-size: 100%; ">Meu cérebro está derretido. Permanentemente danificado. Não se sabe ao certo quanto tempo humano foi necessário para que essas frases fossem formuladas e penosamente escritas. Eu morri todos os dias em que pensei que poderia estar viva.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-size: 100%; "><br /></p><p class="MsoNormal"><span >E viva a depressão pós-festa.</span></p>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-31716975208608085002011-12-30T23:50:00.002-02:002011-12-31T00:00:55.319-02:00Festa de FamíliaCeia de Natal, aquele momento pós, em que todos abrem um botão da calça e agradecem a Deus pelos cientistas da ilha da Sadia, que vivem para engordar Chesters o ano todo. Você e seu pai discutindo sobre EUA e Inglaterra. Na verdade é uma disputa, pra ver quem é melhor. Você aparentemente vai ganhando, com o homem pisando na Lua e, mesmo com Beatles e Rolling Stones, nada supera a Apple. Até que seu irmão, voltando do coma por overdose alimentar, arrota:<div><br /><div>_Mas os ingleses inventaram o futebol.</div><div><br /></div><div>GAME OVER</div></div>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-16548716184319111982011-12-01T19:13:00.005-02:002011-12-01T19:21:21.611-02:00SENHORAS E SENHORES<span class="Apple-style-span">SENHORAS E SENHORES,<br /></span><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">VENHAM,</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">VENHAM VER O</span></div><div><br /></div><div> <span class="Apple-style-span">EXTRAORDINÁRIO, </span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">ESPETACULAR, </span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">ES<b>PLÊN</b>DIDO,</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> ESTUPEENDOOO,</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> ESTARRECEDOOORRR</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">SUUUUPER INSEEETOOOOOOOO!</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" >Subindo a minha perna.</span></div><div><span class="Apple-style-span" >Ontem e hoje.</span></div><div><span class="Apple-style-span" >É o mundo se acabando. De verdade.</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-82372008909442364162011-10-31T17:58:00.001-02:002011-10-31T17:58:39.889-02:00Todos os Blogs<p class="MsoNormal">Em um dia perfeito para os peixes-banana, arrependi-me do que escrevo, vi que o paraíso era uma biblioteca de versos patéticos. As boas razões é que conjugavam-me. Percebi que se dependesse do LSD com torrada, ASA NISI MASA, tudo estaria perdido. Veio a mim a gratuidade da misantropia poética: o poeta apontava a lua e o imbecil olhava o dedo.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Atrás de casa passavam-se as cenas da vida, sua improbabilidade infinita, seus pequenos despropósitos. Desatei a fazer escritelas a partir das cores do simples, devaneando por essa coisa aí que eu chamo de...lacônico contraditório.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Graptós, a escrita em língua antiga. Absorvida e então guardada num baú de entulho em tons de vermelho. Assim vejo nós dois, outra vez, impelidos pela borrasca, subjugados pelo complexo alpha, somos cegos às avessas na casa de Yami.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Eu sou a boneca inflável, tomada pelo recorrente medo do receio em si e da pós modernidade, sou filha do Batman, rodopiando.<o:p></o:p></p>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-88546057296992909972011-07-23T19:29:00.003-03:002011-07-24T19:06:40.327-03:00AQUÉMFuma charutos, mas não desses cheios de frescura. Fuma cubanos e ponto. Pode fumar cachimbo, também, nas tardes de domingo. Usa ervas que proporcionam prazer quase imediato: a satisfação única da contemplação da fumaça produzindo formas misteriosas. E é assim até o pôr-do-sol, quando entra pro café, pão e qualquer besteira que acalme a ânsia por comer e não contenha derivados do leite.<div>Às segundas encontra um tal outro senhor, muito distinto, conhecido por sua notável capa cor de açafrão e discutem filosofias políticas por períodos que assimilam-se a eras para aqueles que do assunto não entendem. Ambos fumam em demasia, e as ervas lhes provêm resistência para quedarem-se no mesmo lugar. Em seguida, enfrentam-se em ágeis partidas de xadrex_e aqui, para aqueles que admiram-se com a dita agilidade de tal ocupação, se esclarece que joga-se com tempo cronometrado por gigantescas ampulhetas de material desconhecido; partidas de dez ou cinco minutos, mal havendo tempo para que os oponentes acertem seus pince-néz ou estalem os dedos, hábitos tão comuns aos mesmos.</div><div>Em outros dias, trabalha das vinte-e-duas às três-e-trinta em meio a prensas e tintas_o que o faz trazer as mãos sempre escurecidas_no maior jornal da região. É um trabalho um tanto quanto solitário, e, por isso, deveras ideal. Dorme por todo o restante da manhã. O tipógrafo que o substitui finge odiar-lhe o estilo de vida e por ter que trabalhar em dias de descanso, enquanto o outro folga, mas a verdade é que tem-lhe inveja que dói e queria ser seu igual.</div><div>Duas tardes por semana, em dias nunca seguidos, nunca repetidos, observa o ecossistema em seu redor; utiliza-se dos aparelhos e aparatos de nomes mais peculiares; conserta o monóculo e estala os dedos incontavelmente; estala também o pescoço, em movimentos característicos. É o responsável pela manutenção do mapeamento de sua cidade e arredores. Tem por diversão desordenar pequenas vias de pouco tráfego e reclamar por motivo de alguma placa exibindo um nome supostamente errado, quando, na verdade, está a renomear uma praça com a graça de sua mãe ou de algum cientista social mais estimado e desconhecido dos cidadãos à sua volta.</div><div>Folga às sextas, que é quando vai de encontro à Nêga, sumindo das imediações com uma garrafa debaixo do braço. Volta à casa ao fim da tarde do sábado, os ânimos melhores impossível. </div><div>E nada mais importa, porque neste exato momento, ele, Deus, está dormindo até a hora da boréstia de domingo.</div>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-25352328189531127222011-07-03T20:00:00.001-03:002011-07-03T20:00:38.432-03:00machina<p class="MsoNormal">Eu descobri a verdadeira revolução industrial. A autoafirmação da espécie humana posta em prática: só é possível fazê-la funcionar movendo o polegar opositor e o indicador na mesma direção. Eis o famoso ‘movimento de pinça’. É, ainda com esta ferramenta, possível exibir fisicamente o status de civilização (Algo aqui que identifique o frio e a vergonha/culpa cristã), uma vez que a mesma serve de mecanismo que possibilita a confecção de cobertura para as partes que não devem ser exibidas, pois estas aludem ao ponto comum entre o homem e os outros animais: o órgão reprodutor.</p> <p class="MsoNormal">A verdade: encontrei máquinas de costura de mão, por dez reais, no centro de Niterói. Estou usando pra fazer calcinhas.</p>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-3767062225809578472011-07-03T19:59:00.001-03:002011-07-03T19:59:51.650-03:00cabra-cega<p class="MsoNormal">Digitava olhando apenas para as teclas, com extrema atenção. Como se elas contivessem algo de muito especial e importante, que merecesse ser olhado a fundo. Nas vezes em que tinha dirigir os olhos à tela do computador, o fazia de má vontade, era a distração desconcentrante, como se já não bastasse a interrupção da luz que ela emanava.</p> <p class="MsoNormal">Queria mesmo era entender a função das letras, conseguir tocá-las fisicamente e só assim chegar ao plano da explicação _ esse plano que ninguém explica, o plano em que funciona a linguagem pela palavra e não tem essa enrolação dessas gentes que não, simplesmente não. Não nada; não se interagem, apenas falam, porque, ok, a linguagem é anterior, mas quando o que vem depois de fato vem, impõe-se com mais força que ela, que nunca foi realmente compreendida pela maioria de seus usuários. O que vem depois da linguagem torna-se maior que ela. Mas o uso que se faz disso é ínfimo, comparado ao seu tamanho e às possibilidades que permite. Queria mesmo era ser capaz de utilizar as letras de maneira que se expandam, atinjam o tamanho do que lhes vêm depois. É uma pena, devia haver compadecimento universal, quiçá sobrenatural; os deuses deveriam ajudar-nos. Porém assim desceriam ao nosso nível. Os deuses são é uns escrotos. Que não querem rebaixar-se ao uso da palavra.</p>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-11504286333274164392011-06-12T11:38:00.001-03:002011-07-02T23:08:02.644-03:00Fora de Si<p class="MsoNormal">A janela crescia em velocidade constante. Cada vez mais o lado de fora se aproximava assustador, as folhagens e ramos do jardim (que era verdadeiro pedaço sobrevivente de mata atlântica) entravam sem pedir permissão, invadiam pelas paredes, estouravam-lhe os globos oculares. Choro de criança. Agora a janela decresce. Volta ao lugar de sempre e se afasta para mais distante, até ficar pequenininha, cabendo em duas mãoszinhas. As plantas se retiram. </p> <p class="MsoNormal">A menina abre os olhos, timidamente, ainda vermelhos de agressão e lágrimas; chora outra vez: não quer que o jardim vá embora. Mas esse pensamento dura um segundo; tudo acontece de novo, volta a janela, arregaçando-se. Estoura um vidro, a cortina se rasga em alguns pontos. É como se a imagem do que se passa refletisse o inteiror da garotinha que a tudo assiste por entre os cílios molhados. Se pudesse, cobriria as vistas com os dedos, mas a curiosidade é maior. Agora entram as flores do bouganville, que antes ficavam tão distantes, ela precisava correr um bocado para alcançá-las.</p> <p class="MsoNormal">Começa a aprender, vê que, mal a natureza avança pela casa, já está prestes a retroceder. Portanto, não deveria, mas chora mais ainda: o movimento é infindo, lhe põe tonta. O vai-e-vem que acompanha não é dos mais normais. Parte dele acontece todo dia, ela morre aos tantinhos. </p> <p class="MsoNormal">Parte outra finaliza agora. A cabeça enfim pende para o lado, as plantas desistem de voltar aos seus lugares; a última visão é de flores fúcsias tomando o ambiente e fazendo-se confortáveis, acompanhadas de verdes espinhos que lhe cortariam a face, não fosse alguém entrar no cômodo e interromper o movimento. Então vem o grito. Da compreensão de que a criança enforcara-se ao tentar enxergar além da grade da janela.</p>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-64978305176345435302011-04-20T11:08:00.002-03:002011-04-20T11:13:58.627-03:00Como Formei Meu CaráterPrimeiro, foi uma infância lânguida demais pra ser infância. E então anos e anos de Turma da Mônica, de que eu não consigo me livrar até os dias de hoje e acredito que nunca o farei, por uma questão do que chamo de opção, mas bem sei que é puríssimo apego infantil. desses que nunca se abandona, só quando se faz análise.<div>Eu nunca vou fazer análise.</div><div>Outro ponto formador de caráter: essa coisa da análise. Sempre fingi muito bem pra mim mesma que sou Freud e me analiso como ninguém. Mentira. Eu gosto mesmo é de falar. Falar merda, de preferência. E muita, por sinal. Vou parar de mentir, acho. E, consequentemente, parar de fazer a blasé. Falar pra caralho.</div><div>Tipo agora.</div>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-77131227940669117122010-12-07T14:47:00.000-02:002010-12-07T14:48:00.621-02:00Apenas Fumaça<span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 30px;"><br /></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 14px; color: rgb(51, 51, 51); line-height: 19px; "><div class="post-header" style="line-height: 1.6; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; color: rgb(153, 119, 85); "><div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content" style="width: 488px; font-size: 14px; line-height: 1.5; position: relative; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">Eu consigo ver nitidamente o dia em que você me deixa. Ele começa com bom-dia, café e um cigarro. Beijinho e eu te amo. Você sai, eu fico mais um pouco, porque trabalho perto. Faço as palavras cruzadas do jornal, que é meu hobby de velha, como você diz. Ou dizia. Ou diria.</span></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">No seu trabalho, alguns fumam, você não. Ainda é muito novo lá, o chefe não aprovaria, seria uma afronta. Mas você morre de vontade. Apalpa os bolsos involuntariamente, só pra sentir o maço pela metade, o isqueiro. Nesse momento, não vê ninguém à sua volta; só existe tu e os teus cigarros. De repente, lembra de mim, com carinho, e sem saber que será a última vez. Fica pensando em como minhas covinhas se fazem nítidas quando trago, em meu sorriso ao cobri-lo de fumaça. Sorri. Nem nota que é observado.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">Ao sair, em passos lentos, porém decididos, ela te chama pelo nome. Você se vira e a vê de verdade pela primeira vez. Pergunta se tens isqueiro e ri. É bonita, mais alta que eu, mais branca que eu, os cabelos mais compridos que os meus, pintados em algum tom de ruivo que lhe cai bem e que nunca ficará bom em mim.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">Você tira um cigarro do maço e põe na boca, ela te acompanha. Acende primeiro o dela, depois o seu. Ela afirma convictamente que sempre soube que você fumava, era clara a sua expressão quando via os outros. Achava bonito você não fumar lá dentro do trabalho, ela sempre fumava escondida e já fora pega algumas vezes. Você dá um sorrisinho e esse é o sinal de que começa a gostar dela.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">A partir desse momento, você não está mais comigo. Não em pensamento. Uma semana depois, nem fisicamente.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">Agora é ela quem ocupa o outro lado da cama e saem juntos pro emprego. Ela fuma como ninguém.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">Minto,_você pára pra pensar_ela não fuma mais do que eu. E por um breve instante, lembra de como costumava encostar o nariz bem de leve na ponta de meus dedos e sentir o cheiro do cigarro. E de que, ao fazê-lo, cerrava os olhos e virava fumaça.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">Mas foi só por um instante, ela chama a sua atenção para algo que acontece do lado de fora do ônibus. Então você tenta lembrar do cheiro das mãos dela. É sempre doce, elas nunca se assemelham a cigarro ou fumaça; ela tem compulsão por um hidratante que tira todo o cheiro 'bom'.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">Daí em diante, você repara o quanto ela é artificial. Que os cabelos são alisados, a maquiagem uma obrigação, a comida é sempre salada sem graça, nunca há espaço para um brigadeiro, as unhas são postiças, a risada forçada. Não que isso seja ruim, ela é linda, encantadora em tantos aspectos. Mas te atormenta o pensamento de que um dia, quando você pegar no sono, ela vire para o outro lado e tire os dentes e os coloque num copo com água. </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana; font-size: small; ">A situação piora: quando trepam, você só pensa se o orgasmo dela é falso ou verdadeiro. Ela é realmente uma boa atriz.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana; font-size: small; ">O tempo vai passar, você vai envelhecer um pouco, se acostumar com ela e voltar a dormir em paz. E só então ela vai esperar você pegar no sono, virar para o lado, abrir um zíper que vai da cabeça aos pés e sair da sua fantasia de outra. Nesse dia, quem vai dormir ao seu lado serei eu.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana; font-size: small; "><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana; font-size: small; "><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: verdana; font-size: small; ">Niterói, algum dia entre 8 e 16 de setembro.</span></div></div></span>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-3770617133636074682010-11-20T01:44:00.001-02:002010-11-20T01:45:16.541-02:00Paz MundialPor um momento eu imaginei a paz no mundo: as aulas do curso de Letras consistiam em ficar sorrindo-se uns para os outros após alguma leitura muito boa.Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-290251344000574762010-11-20T01:30:00.003-02:002010-11-20T01:42:30.111-02:00EscatologiaVão todos à merda.<div>Quero que todos cheguem à ela e sintam-lhe o cheiro. Quiçá o gosto. Não, não é pra ninguém comer cocô. Só ter uma ligeira sensação.</div><div>Não que eu esteja odiando tudo e todos. Pelo contrário, estou amando. Você, sua mãe, seu cachorro (é, até seu cachorro, de que eu não costumo gostar), suas plantas, suas linhas da mão (mesmo que a do amor seja curta e um dia alguém tenha chorado muito por isso), seu tudo. O que quero dizer é que ame e deixe-se amar. </div><div>Mesmo que problemas que nem existem povoem sua mente. O inferno são os outros. Cheire a merda de outrem, então. E a compreenda. O inferno pode cheirar melhor. Quem sabe? Eu sei. Você pode saber, também.</div><div>Essa confusão diz respeito aos defeitos. Que não existem. Já falei (mentira, quem falou foi <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Paul_Sartre">outra pessoa</a>), o inferno são os outros. Porque você quer.</div><div>Enfim, a proposta era fazer uma metáfora com a merda, pra tentar fazer com que se entendesse alguém. Quiçá alguéns. Não parece tão difícil.</div><div>Agora.</div><div><br /></div>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7992369348505405695.post-33739706211889176172010-11-14T14:17:00.002-02:002010-11-14T14:22:57.516-02:00Sem DedicatóriaÉ óbvio que eu li. Já disse isso pra alguém: eu leio tudo. Finjo que não, pra não causar constrangimentos, dores de cabeça, casos de amor platônico ao extremo etc.<div>Não comentei, nem pretendo comentar, para fazer sentido: amor não se grita.</div><div>Confesso que sou passível de mudar de ideia e estragar tudo. Foi Florbela que disse que gosta mesmo é do estrago? Porque essa frase não é só dos Hermanos, garanto. Na verdade, ela é minha, muito minha. Tanto que estou aqui, a dizer que não comento. Estou comentando.</div>Ferreira, Laihttp://www.blogger.com/profile/04025771563933594024noreply@blogger.com0