ele pensa e não diz
onde tem muita água
tudo é feliz.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

não sou Mário de Andrade

Versos livres não me correm pelas veias;
são livres, podem ficar onde quiserem.
Saem-me pelos cabelos
escorrem-me na altura dos joelhos
explodem-me o umbigo
mas até aí não me importa.

Aguento até que me ceguem os olhos
me atem as mãos
me entupam a aorta.
Nada disso me afeta.

Queria mesmo que chegassem ao hipotálamo
e lá ficassem, por vontade própria
afinal, se são livres, que me libertem.

Um comentário:

Daniel Gaivota disse...

Ai eu lembro porque te acho genial.