ele pensa e não diz
onde tem muita água
tudo é feliz.

sábado, 21 de agosto de 2010

Carta para Hades do mundo todo

Vinha escrito assim:

"O Hades está em festa. Acabou de fazer uma semana e eu já me preocupo com o que será do Deus dos Infernos em mais algumas semanas. Ele vai procurar o amor verdadeiro do outro lado da Cantareira, será a Perséfone(que prefere ser chamada Prosérpina)quem encontrará, será a Perséfone(que prefere ser chamada Prosérpina)o seu amor verdadeiro mesmo? Será que o Hades, que vem afirmando tão firmemente não estar à procura de amor,contradiz-se internamente? Eros terá trabalho, ou será, como disse o rumor, que Eros já ocupou-se: Hades ama sim e Perséfone(que prefere ser chamada Prosérpina)também, mas é inverno e portanto não se encontram? Que se passa? Será que a culpa é das loucas estações dos trópicos ou deve ser só a Timidez?
As comemorações continuam, sabe lá Zeus até quando. Até que o Hades diga "chega", quando ficar cansado. Nesse momento ele vai embora para Gaia, raptar sua amada, romper o pacto com Deméter, mas que seja, valerá a pena. E depois será apenas amor. Só quando a festa acabar.

P.S.: A Festa agora é o estado de espírito. Não é mais a morte. Ou é a Festa dos Mortos.
P.S.2: "Um texto tão subjetivo que vem do divino."


Bem que podia ter sido escrito por mim. E talvez não tenha sido escrito nem para mim (O que é bem provável). Mas dane-se, adotei como carta à minha pessoa e a todos os Hades do mundo. Encontrei personalidades engraçadas pela faculdade. Que escrevem cartas anônimas e abandonam na prateleira mais alta, por exemplo.
E quero uma festa dos mortos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Descaramento

Eu me pergunto quantas admiradoras tuas eu ainda vou ter que matar pra chegar até você. Se puder, manda a lista pro meu email novo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Libertinagem e Estrela da Manhã

Digitar 'baixar a cinza das horas' é deprimente. Vou morrer, mas antes tenho que baixar a arma. A internet é tão parnasiana, às vezes.

domingo, 8 de agosto de 2010

Aconteceu na Cidade de Aqui e Agora

E todos sabiam um pouco de árabe. A língua era presente; sempre havia um cartão de aniversário com dizeres , ou um e outro email curto enviado nela. Não, acho que árabe não está na moda. A verdade é que ela foi inserida na sociedade por um velho sábio, que hoje em dia é motivo de risada das crianças, que nunca o entendem, sempre perguntam aos pais e avós ‘o que é um velho sábio, mesmo?’. Os pais nem sempre sabem o que responder, geralmente dizem que é uma espécie de mito ou entidade e que deve ser respeitado, mas sem muita convicção. Os avós, ah, os avós. Se enchem de nostalgia pra explicar, como foi, na sua época, receber tantas cartas em árabe. E notas fiscais e dedicatórias em livros e cartões e postais. Tudo em árabe.
Esse tal velho sábio estava decidido a introduzir o árabe em Aqui e Agora de qualquer maneira. Era dono da maior livraria da cidade, então fez como pôde para falar e escrever em árabe aos seus clientes; o que os fez procurar em livros por traduções. Em poucos anos, boa parte da população sabia a língua; alguns até falavam muito bem. E ela se fez presente.
Porém, as crianças não tinham muita noção de árabe, seus avós nunca sabiam se deviam ou não passá-lo adiante e seus pais, bem, seus pais eram crianças quando tudo isso aconteceu, ou seja, alguns falam em árabe com os filhos, outros não. E isso diminuiu a quantidade de sábios de árabe em Aqui e Agora. O velho sábio nunca foi o mesmo. Nem nunca será. A menos que.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não Repita

Toda vez que alguém se pergunta 'por que as baratas existem?', surgem treze novas baratas.

"Agosto

é um bom mês."_ Dizia ele, ainda em setembro, esperando o próximo chegar.