ele pensa e não diz
onde tem muita água
tudo é feliz.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

The

"was looking for a job,
and then I found a job
And heaven knows I'm miserable now
In my life"

Acho que encontrei Smiths velha demais.
Aliás, eu sempre tô velha demais pras coisas que encontro.
E tenho sempre a impressão de que já conhecia isso ou aquilo, mas nunca por completo.
É isso, sou eterna velha imcompleta.
E dramática. E como.
E diria que desnecessária e repetitiva também, mas dane-se.
(:

Amo vocÊs, sejam lá quem forem.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Adjunto.

E, presa dentro de mim, pra onde é que eu vou?

domingo, 13 de dezembro de 2009

caralho, na boa, eu mereço morrer.


queria apanhar muito, até não conseguir mais pensar.


é isso, eu quero que meus pensamentos calem a boca.


agora.


mas só o que me vem na cabeça é uma chuva(torrencial?) de vais-se-fuderes.


e que minha letra é muito muito feia e ridícula e que eu sou o espelho dela, ou é o contrário.


enfim, quis dizer que sou muito feia e ridícula.





e ninguém vai comentar nessa porra.


deixa eu ter minha crise

sábado, 12 de dezembro de 2009

Faço-me agora apaixonada assumida.

E pretendo assim ficar por longos tempos.

Não me importa por quem. Nao me importa nem se é alguém que pertence ao mundo físico.

O que vale agora é que o universo muda e me leva junto.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Justifique.

Às vezes minha franqueza me cansa. Tipo agora.
É desnecessário falar isso. Ou qualquer outra coisa por aqui.
Mas insisto, o vazio nem me inquieta mais. Se escrevo agora é porque me deu vontade.
Ou porque a franqueza falou mais alto.

domingo, 22 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

violácea. de violetas, florzinhas oriundas de áres de clima temperado.

violasse-as. violentas vísceras viscerais.

vio vinho

lace lascivo

as aquelas elas



ou ainda vio bio

lace laço

as elas aquelas



ou ainda viola violão

lacea acesa



ou ainda vio viu

lace lance

sa s.a.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

quero ser uma planta

E então eu me descobri pesquisando sobre árvores brasileiras.
Principalmente as que dão sementes em fevereiro.

http://www.cepen.com.br/arvore_nat_list.htm#Dicas

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Lista de Natal:

quero que o homem que paga metade de minhas contas vá para o inferno. sem palavrão; acho que nenhum palavrão conseguiria expressar meu desejo. o inferno é adequado e suficiente.

Quero que a vida real funcione como banco imobiliário; dependendo da sua sorte, você pode ir pra cadeia sem ter feito nada. Podia existir a casa 'vá para o inferno'. Melhor ainda seria apertar um botão e mandar alguém pra lá. Nossa, aí sim.

Mas nada de criativo ou novidade aqui. Tudo o que eu preciso mesmo é desabafar.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

redwarmfreshdeadfleshandblood

SEM MIMIMI.
EU QUERO VER SANGUE!

(surto pouco vegetariano)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

Brilho Eterno de um mente saturada de lembranças que não me pertencem.



Não que quero nunca mais ouvir da boca de um homem um 'eu gosto de você, de verdade'.

Porque ter que sorrir quando sua vontade é chorar e fugir correndo dali é muito difícil. Eu me sinto impotente, é isso.

Me desculpe, mas eu não te amo.

Nós mulheres somos fantásticas, mas eu gostaria de ser homem, só um pouquinho. É mais fácil lidar com menos hormônios.

Na verdade, falo isso sem saber como é.

Vou continuar mulher e me divertindo com isso, quando der.

Mas só aceito 'eu te amos' do meu irmão, porque ele me é um duende, então não conta, pelo menos por enquanto.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

NONADA!

Eram umas quase nove da manhã e estavam tentando guardar toda e qualquer informação da matéria de química que fosse útil no teste que começaria em breve. Não muito discretas, cinco meninas no meio da aula (que não era de química) iam enlouquecendo em busca da matéria. E entre alguns "eu tô muito fudida", "me empresta aquela parada de oxidação?", "deixa eu ver a sua apostila rapidinho?" surge um grito:
_NONADA!
A que estava na frente da que gritou, olha com espanto. Mas então a professora de literatura, esquecida há tempos lá na frente do quadro diz um "muito bem, essa é a primeira palavra de 'Grande Sertão: Veredas', de Guimarães Rosa..."

_Ah...Já ia falar pra você parar de gritar no meio da aula.
_Haha, desculpe. É que é o nome do meu blog.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Tempestade

"We are such stuff as dreams are made on."
("Somos da mesma substância que os sonhos.")

(A Tempestade_Shakespeare)
*precisava botar isso em algum lugar.

domingo, 25 de outubro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

CONTEMPLE.

contemple.



por quanto tempo for.



o ócio é criativo.



permita-se imobilizar até sentir as ondas dos satélites correrem por você.



e se não conseguir, continue contemplando.



nada é perda de tempo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Quero me casar na Disney.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Todas As Mulheres Do Mundo

Acabei por me esquecer da melhor parte. Mas também, o assunto principal tomou conta de minha/nossa atenção. A verdade é que, enquanto esperava o ônibus que me levaria ao grande evento que não mudou nada em minha vida, observei uns meninos também parados no ponto e decidi que quero ser menino. Não homem feito, de barba e bigode, mas garoto de uns quinze anos, que acorda cedo pra jogar futebol, cata moedinhas pra comprar batatas fritas e as come sem preocupação; que vai ao Maracanã de ônibus num calor infernal, mas ainda assim, assobiando feliz da vida e tem amigos que arrotam, falam palavrão, olham pra bunda das mulheres_olham pra minha bunda_ e são lindos. Quero esse frescor de juventude, essa liberdade de ser feio, sujo, andar sem camisa.
Não queria ser tão machista e nada me impede de fazer tais coisas, mas me acometi de um ódio imenso por todas as mulheres do mundo e esse instinto feminino, que me fez perder uma manhã de sol correndo atrás de um bom creme de cabelo que não encontrei. E pra quê? Só pra perceber mais uma vez que ninguém nunca está satisfeito consigo.
E nada mudou em minha vida.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Contrato de sociedade: namorada(o) de domingo

1. Das relações afetivas:
1.1. Não se faz necessária a continuidade da permutação do afeto entre os acordados em outros dias senão os previstos em contrato. Sendo assim, não há obrigatoriedade de responsabilidade pela possível mudança de sentimento de outrem.
1.2. Caso, de comum acordo, as partes manifestem-se favoráveis à continuidade da relação, transpondo os limites mencionados neste contrato, o mesmo será automaticamente invalidado.
1.3. Em situação de incompatibilidade seja do contratado, seja do contratante, em relação à outra parte, não haverá renovação de contrato. Ocorrendo qualquer dano (físico, psicológico, moral ou espiritual) decorrente da união dos mesmos, ninguém será responsabilizado legalmente. É importante frisar que, ao assinar o presente documento, os sujeitos submeter-se-ão a experiências que tencionam resolver problemas pessoais simultaneamente, com base no auxílio e apoio mútuo, pondo em risco toda uma doutrina estabelecida pelo senso comum.
1.4. Não é permitido nenhum tipo de manifestação de posse (vulgarmente conhecido por 'ciúme') de nenhuma das partes. Do contrário, o tal estará sujeito a multa que deverá ser estipulada durante o fechamento do acordo.

2. Das despesas:
2.1. Não há um teto referentes aos gastos de um membro para com o outro. Aconselha-se que todo e qualquer gasto seja responsabilidade individual, visto que reclamações futuras e devolução ou indenização em espécie alusivas às despesas intramembranas serão julgadas improcedentes.

2.2. Não é permitido o comércio e/ou escambo das pessoas envolvidas neste projeto. O mesmo caracteriza-se como terminantemente livre de especulações financeiras.

2.3. Em caso de tentativa de suborno ou imposição forçada de qualquer espécie a qualquer dos envolvidos no contrato, o aliciador estará sujeito a multa a ser combinada no ato de assinatura deste documento.

domingo, 13 de setembro de 2009

Dane-me

Achei meu blog idiota perto dos outros.
Talvez não seja, mas achei.
E não faço nada pra melhorar isso.
Observem como sou subversiva.
Tá, agora eu só piorei tudo.
Ah, que se dane!
E há quanto tempo eu não digo um 'que-se-dane', é sempre 'foda-sefoda-sefoda-se'.
O verbo foder sempre presente na minha vida.
Só que da pior maneira que há.
Parei com ele.
Quem sabe assim ele me aconteça de fato.
Não importa.
Dane-se.

domingo, 30 de agosto de 2009

'motherfucker'

'Quentin Tarantino comprovou sua fixação por pés! Acredita que durante o jantar, num restaurante japonês de Los Angeles, uma fã pediu uma foto. Ele permitiu, desde que ele pudesse beijar e CHUPAR o pé da moça. Pelo visto o acordo não rendeu muita discussão! '


ÓBVIO que, se Tarantino pede pra chupar seu pé, você deixa. Autógrafo de cu é rola, sou muito mais uma chupada no dedão.
Já saiu o trailer do filme novo e eu nem curti tanto, mas vou ver. E tava vendo minha comunidade 'tarantino motherfucker' no orkut e comecei a pensar porque 'motherfucker' corresponde a 'filho da puta', se, ao pé da letra quer dizer 'fodedor de mãe'. O que é bizarro, aliás.

'Fodedor de mãe' me parece mais ofensivo. Não sei. Talvez seja por eu ter certa simpatia por putas. Agora, comer a mãe é tenso. Mas talvez isso só se deva à concepção de incesto que nós temos. Não sei. Queria analisar isso isso melhor.
=p

sábado, 22 de agosto de 2009

RAINGET

'rainget' foi a palavra de verificação que apareceu no blog do Dargains. Acho que vou usar como pseudônimo.

Chega de poesia fofinha mimimi.
Que venha o vômito da prosa. Verde. Grudento. Fedido. Daqueles que te dão vontade de vomitar de novo. E deixa gosto de cadáver na boca. Cadáver apodrecido.

E então você lembra que esqueceu a escova de dente num livro de sonetos de Vinícius de Moraes.
















De volta à poesia.
Com esse bafo eu não fico.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ozzi não vem mais

Minha família de morcegos foi embora. Tá, não era MINHA, a família. Mas eles moravam em MEU território. Ok, parei com os possessivos; a história é a seguinte: tinham cinco morcegos dormindo na árvore em frente
à varanda do meu quarto. Até aí, parece normal, morcegos dormirem em árvores, principalmente as frutíferas_a minha é um Jambo_, mas eles ficavam muito perto. Da varanda, do jardim, de mim.
Geralmente eles se escondem bem no meio da copa das árvores, não na ponta dos galhos, quase de cara pro sol. Então comecei a imaginar que eles tinham algum motivo especial pra estar ali, tão espostos. Tive medo, talvez eles quisessem sangue, meu sangue. Mas quando meu pai sugeriu prender cabeças de alho nas folhas, disse que não, obrigada.
Acho que desde que li Drácula tenho simpatizado mais com qualquer coisa que me lembre vampiros. E olhe que Drácula nem é gente boa; aliás, nem gente ele é. Mas me encanta. No fim das contas ele só estava apaixonado.
Bem, mas agora a família Jambo_como eu e uma amiga apelidamos carinhosamente_ foi embora sem dar aviso prévio, sem pagar o aluguel. E meu irmão não me acorda mais de manhã cedo pra dizer 'olha, eles ainda tão lá!' e nós não temos mais o que mostrar pras visitas com cara de 'olha como somos mais sinistros que a família Adams' e podemos jogar Guitar Hero no volume máximo, que eles não vão nem se mexer. Era engraçado isso; quando fazíamos barulhos muito altos, eles ficavam inquietos. Não sabemos nem respeitar os vizinhos.
E agora, pra piorar tudo, Ozzi não vem mais. Outro dia lhe mandei um scrap, dizendo que tínhamos morcegos fresquinhos, ele tinha que dar uma olhada; sem compromisso. Tudo por um autógrafo. Acho que foi por isso que eles se foram. Deviam ter pensado que eu deixaria o Ozzi comê-los. E ele não come morcego faz anos, desde que teve que tomar todas aquelas injeções contra raiva!
Bem, Van Helsing também não vem mais. Até porque ele não é caça-vampiros o tempo todo, acho que ninguém o é.
Mas o Roman Polanski vem. Esse eu não tive coragem de dizer que não precisa mais. Sabe como é; não resisto a cineastas poloneses narigudos. Assistam 'A dança com vampiros', dele mesmo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

eu gostei da citação.

eu gostei da citação.

“Queremos ficar sozinhos acompanhados.Salve os marginais criadores, imoralistas, amantes da feiúra, loucos que acreditam que suas obras tenham alguma importância.Salve as vanguardas modernistas que lotavam o cenário, cultural do século XIX e que foram fundadas sobretudo para possibilitar o individualismo coletivo." (Peter Gay)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Estranho como, mesmo não suportando ver nem uma gotinha de sangue que seja, adoro ler sobre vísceras e tripas e ossos artérias explodindo; verdadeiros filmes ‘Bs’ de terror. Adoro, adoro. É morbidamente excitante.

domingo, 26 de julho de 2009

Queria deixar toda a minha raiva aqui.



























Mais tarde passo pra buscar.

domingo, 19 de julho de 2009

'You know, you must take a look at the new land
The swimming pool and the teeth of your friend
The dirt in my hand
You know, you must take a look at me

[...]

You know, you must try the new ice-crem flavour
Do me a favour, look at me closer
Join us and go far
And hear the new sound of my bossa nova'

porque pra mim é genial até não sei onde.
parei de tantar escrever TUDO porque acho que é isso que me faz dizer o que sinto.
calo-me agora para poder falar de verdade.
nem era pra fazer sentido.

sábado, 11 de julho de 2009

Não obstante

Pois fiquei louca, louca! Por ter pensado que a tinha perdido. Mas não, ela está lá. Ou melhor, ali, bem ali. Onde posso tocar, onde posso cheirar, posso ouvir. Porém não posso mudar. Não posso intervir. A culpa não é minha. Entretanto, não sou mais a mesma. Como posso ser eu se ela já não é mais ela? Contudo, sinto que tudo voltará a ser como antes.
Mentira, foi só uma tentativa de convencê-la. Falha.
Todavia, sempre resta esperança, sempre. Não adianta. Não é que a esperança seja a última a morrer, é que ela sempre esteve morta. E como todo bom morto, ela faz parte de nós, todos nós.
Em contrapartida...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

não sou Mário de Andrade

Versos livres não me correm pelas veias;
são livres, podem ficar onde quiserem.
Saem-me pelos cabelos
escorrem-me na altura dos joelhos
explodem-me o umbigo
mas até aí não me importa.

Aguento até que me ceguem os olhos
me atem as mãos
me entupam a aorta.
Nada disso me afeta.

Queria mesmo que chegassem ao hipotálamo
e lá ficassem, por vontade própria
afinal, se são livres, que me libertem.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Não sei ser Dadá

Morta porta torta. De chocolate com avelã.
Horta vorta corta. O dedo indicador da mão direita.
Idiota calota bota. De Papai Noel.
Mandioca ibitipoca carioca. Pegando chuva.
Embalsamado careado fuzilado. Que nem queijo suísso.
Carregado encaixotado errado. Todo.
Cremoso tortuoso embaraçoso. Que nem cabelo.
Vinil fuzil anil. Bala de.
Mímica típica tônica. Água.
Malvisto poristo desisto. Disto.

domingo, 7 de junho de 2009

se o bolo de banana parece cancerígeno;

batatas fritas frias e coca cola no café da manhã podem mudar sua concepção de mundo.

é só um comentário.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Personagem

Bom mesmo é ser personagem. Alguém te percebe as ações e reações, te cuida com todo o carinho, te cria. Alguém te escreve. Tudo bem que esse mesmo alguém te põe palavras na boca como se fossem suas, achando que tem todo o direito. Você mastiga tudinho e depois bota pra fora. E ainda leva a culpa se desagrada alguém, afinal, foi você quem disse, da forma que disse. Mas no fundo sabe que a culpa é de quem te fez, que te criou assim, desbocado. Que não sabe a hora certa pra falar nada. Nem pra fazer. Na verdade, você não sabe nada. Você é o seu autor. Você é o seu leitor. O seu interlocutor. Seu escutador. Seu sentidor. Você é tudo, menos você mesmo. Maravilhoso ser personagem. Tão cheio de ideias, mas na verdade livre delas, livre de qualquer responsabilidade.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Me perdi (e o pronome vai ficar onde está)

Queria morrer de amor. É poético, ao menos. As pessoas diriam assim: "olha, aquela menina morreu de amor; que bonito". Mas não dirão; o mais provável é que nem digam nada; tragédias sem amor não são tragédias. Serei comédia eterna. Comédia boba, pouco provável de risos sinceros, já que a comediante soa tão pouco autêntica.
A tal comediante nasceu pra fazer drama, mas não tem coragem pra tal ventura. Então passa os dias a vomitar emoções, de forma camuflada (achando que engana alguém), que não satisfazem nem a ela, nem ao público.
Até que um dia se dê conta de que amor mesmo sempre teve. E não morra. Relapsa que era (e ainda é) não notava nem cinquenta dançarinos de rumba debaixo de seu nariz (um pouco acima da boca. O espaço é pequeno, mas eles também são contorcionistas). Agora está livre, ama. Mas o amor é transitivo direto; quem ama, ama alguém. Então não é tão livre assim. Não se pode amar simplesmente, tem de haver um complemento. Complemento esse muito complicado, nem sempre corresponde. E não pode ser indireto, não podem haver dúvidas, o que acaba tornando-o indigesto. No fim das contas morrer de amor acaba virando uma piada que todos cometem. A cada hora, a cada vida, a cada intervalo entre um espetáculo e outro, para que nem dê tempo dos atores tomarem uma água. A cada vírgula o amor se torna mais virulento e se espalha, ataca, mata. E não te deixa morrer, agora que arrumou um sentido (mesmo que banal) pra vida.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Hemorragia de palavras ou Sobre o que eu não acredito

A Prolixidade, em busca de uma posição mais sintética, emudece. Extremista como só ela, não se contenta com o meio termo. Daí então, só se permite falar para si própria. E no meio desse falatório egoísta, encontra-se às voltas com sua infância, onde ainda não era prolixa, apenas chatinha, porém enquanto todas as outras características ainda eram tão pequenas, ela já se mostrava grande e desenvolvida demais para a idade. Depara-se com a paciência, velha conhecida. O que a pobre Prolixidade não sabia é que a antiga amiga a estimava por demais. Na verdade, sempre teve grande paixão por ela. Paixão esta que nunca foi revelada, pois a Paciência é tímida que só ela. A Paciência escuta sempre, raramente se expõe. Diferentemente da Prolixidade, que nunca é finita, tem sempre o que argumentar. Por isso a paixão. Uma crê que completa a outra e vice-versa. A pena é que a outra nunca soube de tal consideração. E agora, está muda; estão iguais, Prolixidade e Paciência. Não trocam palavras, apenas se olham. Até que a mais tímida e menos verborrágica toma a coragem que nunca teve e externa-se. A outra, ainda calada, sente-se exulta como nunca antes e descobre como pode ser gratificante ouvir e decide juntar-se à outra, por pura vaidade e egoísmo. E assim permanecem juntas, com suas naturezas postas à prova; trocam-se de significado.

segunda-feira, 30 de março de 2009

É só que...

Não quero que isso aqui fique vazio.

"Todo dia meu coração sai do lugar."

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Só pela falta do que fazer causada pela falta de voz

Pequena observação inicial: a perda parcial da voz pode acarretar em uma espécie de broxância crescente.


Nunca lembro de meus sonhos:

1- Sonhei que estava de volta às aulas e no primeiro dia, os professores tinham que cozinhar parar os alunos. E o principal: a comida tinha que ficar boa. O problema é que os ingredientes eram limitados, então o segundo professor do dia já penava pela falta de certas essencialidades, e tinha que inventar algo novo com o que lhe restara. Eu ainda tentava ajudá-lo, mas não surtia grande efeito.

2- Sonhei que ia a um restaurante em que geralmente vou com meus pais, porém dessa vez fui sozinha. Na fila para pagar, encontrei alguns vizinhos que, além de perguntarem se o estabelecimento aceitava um certo cartão de crédito, ainda quiseram saber se os donos comercializavam ácido (sim, esse mesmo). E vejam que coincidência, não é que o carregamento tinha acabado de chegar! Resultado: meus vizinhos se entupiram de drogas e eu resolvi comprar umazinha pra experimentar. Tive problemas na hora de pagar; a mulher não acreditava na idade que eu dizia ter, mas mesmo assim, acabou vendendo. Passei o resto do sonho indo para a escola ajudar professores a cozinhar (super irônico) e me remoendo por dentro, por não conseguir tomar o ácido, remorso por ter mentido a idade. Não me lembro bem, mas acho que no final acabei comprando mais e mais e mais e mais e tomando tudo de uma vez. Acho que morri. Mas não tenho certeza; nunca lembro dos meus sonhos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O que eu entendo por ser meu é tudo o que eu posso te dar. O meu amor, mas primeiro eu, preciso saber se você vai gostar.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Não que eu tenha crises de tamanho. Gosto dos meus 1,57m. Mas ultimamente não estou cabendo mais. Me sinto apertada, esmagada, dentro de mim mesma. É meio difícil de explicar. É como se o tecido estivesse esgarçando, como uma calça jeans velha que você usa muito; ela vai perdendo a cor e as costuras vão cedendo aos poucos. Até que um belo dia você veste e ela abre até

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Princípios de chocolate

[...]

_E se eu te der um chocolate, você acredita em mim?

_Não tente me comprar, mocinha.

_Claro. Você é cheio de princípios. Hunf! Pois então fique com seus princípios, que fico com meus chocolates!

_Eu e meus princípios podemos ir até a cozinha, onde tem chocolate também.

_Mas você vai ter que dividir com eles. Eu não. Vou comer tudo sozinha.

_Verdade. Você vai comer os chocolates da culpa por não ter princípios.

_E daí? Você vai comer meio terço de chocolate da consciência limpa.

_Tem bastante chocolate aqui em casa.

_Mas não o suficiente para todos os seus prinncípios.

(Contente-se. Ou imagine o resto. Minha literatura anda meio incompleta.)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

procure por "civilização" no dicionário

"Sorte de hoje: Um homem sem conhecimento é como um selvagem da floresta."

Bem, não é todo dia que o pseudo-horóscopo do orkut me lembra Rousseau.
Mas acho que ele (Rousseau) não ia gostar muito dessa frase aí. Suponho que ele gostava de selvagens. Acho até que ele gostaria de ser um. Não, não, talvez ele os invejasse. Não, não, ele fingia. Fingia defender os intocados pela civilização. Mas duvido que tenha ido acampar ao menos uma vez.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Poros

Pode-se afirmar que isto é um relato de uma ex-moradora de apartamento, que agora tem problemas com chuvas fortes. Até fechar todas as janelas do andar de baixo, o andar de cima está inundado, a escada virou uma cachoeira. Os peixes já vêm vindo.


Abra todos os poros da cara e deixe a água entrar. Isso mesmo. Não se preocupe, uma hora ela vai sair, por algum lugar que ainda não sabemos muito bem onde fica. E então sentirás saudades da sensação de molhado; não de úmido, de água que enche baldes e tanques, piscinas; que escorre pelos mares adentro, afora, adiante.
Entra pelas paredes, porosas. E afoga os seres que lá vivem.
Os poros também podem ser perigosos.
Agora deixe-a entrar pelos poros dos braços e das costas. Sinta-se parte do ecossistema, respire que nem a Lula Gigante.

Porosidade é um termo usado em diferentes campos da ciência como em pedologia (relacionado: geologia e hidrogeologia) e na engenharia.
Substantivo. Do latim medieval "porositate".
Na mitologia grega, Poros era o deus das riquezas.
Permeável.
Resistência do produto à penetração do ar. A estrutura porosa consiste de vazios da superfície e espaços entre as ...
Inclui macroporos e microporos.
Relação do volume de vazios de um material relativamente ao seu volume total. A porosidade natural dos materiais é uma das principais causas de degradação dos mesmos.
Percentagem de espaços livres, onde se encontra ar.

Ar.
Não há mais.
Deixe que a água entre pelo nariz, boca, olhos, fios de cabelo, dedos dos pés, umbigo, fígado, rins, corrente sangüínea. Não há mais sangue, mas quem precisa dele?
Hoje estou só água.
Sem gás, por favor.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

De volta

Preciso escrever sobre:

_Chayenne

_Pro Daniel, desesperadamente, antes do dia 20. Sonhossonhossonhossonhossonhos...

_Qualquer coisa (me chama). Boêmio, mulato, tem uma nega chamada Teresa. (Bom para Clube dos sonhos; a propósito:

_Rosemary (preciso tirá-la das traças)

_Clube dos sonhos

_Freakshow, ou seja lá que nome vai ter isso. (sempre diz o que se espera que o diga/ vc pode conviver com pessoas sem sal... mas pessoas broxantes são repulsivas/ pessoas sem sal tem por toda parte/ eu preciso muito da voz das pessoas/ eu não gravo nomes, nem fisionomias/ só a voz é o que me resta/ ela tem o cabelo prezo/ uma olheira com cara de segunda feira/ lábios pálidos/ peitos pequenos/ pernas finas/ é dedicada embora seja burra/ esforça-se para se manter na média/ não sabe do mundo/ tem pouco assunto/ recorre a ditados e não se importa de tirar um longo cochilo todas as tarde/ castanho escuro/ frizz/ o cabelo dela é liso... embora um pouco duro e ondulado.../ e na nuca alguns nascem meio crespinhos/ meio perdidos/ ela usa um relógio daquele de festa de criança/ daquele de plástico amarelo/ as vezes ela ri das piadas sem necessariamente entende-las/ vive com a mãe, o pai não aparece/ filha única/ [_me diga qual é o maior de seus preconceitos _meu deus... maior... o maior é mt grande _tudo bem, contanto que caiba]
eis que ganhei a minha descrição de personagem

_Sobre três cidades relacionadas a cores (ou a falta delas) e som (ou a falta deles)

_Trago a pessoa amada em três dias (eram amantes).

_Morfeu e Letargia, o casal perfeito

_Formigueiro, de fato

_Todo o resto

_E mais alguma coisa

_Talvez algo do tipo “the angry chair is open”