ele pensa e não diz
onde tem muita água
tudo é feliz.

quarta-feira, 31 de março de 2010

(:

O mais legal de fazer tudo errado é procurar a solução. Ou então perder a crença de que aquilo era errado e tomá-lo como certo. Ou então nada, deixa pra lá.
Eu quero que falem menos por uns dois minutos. E ouçam o sol nascer.
Eu vou ser péssima professora; vão haver dias em que ignorarei toda e qualquer consideração pelos alunos e vou fazer assim:
_Gente, faz da página doze até a quarenta e nove. Valendo cinquenta mil pontos. E ai de quem der um pio! Me acordem às onze.
Agora já posso usar marcadores de blog do tipo 'férias, patinetes, outono'. Ótimas opções, mas tive que esperar o outono chegar. Agora sim. Uma beleza.
Bom dia, Flores do Dia.

terça-feira, 30 de março de 2010

Covarde

Quando deu-se conta já era tarde demais. Estava completamente afundada, uma pedra amarrada à cintura, puxando para baixo com toda a força. Tentou inúmeras vezes desatar os nós, mas o marinheiro que os deu era bom nisso.
Tudo começava a girar. Havia pouca luz, que ia esvaindo-se cada vez mais. Os tímpanos explodiam. Falta pouco para o afogamento.
Nunca se sentira tão familiar; era como se houvesse esperado por isso durante toda a sua vida. E mesmo assim as coisas não eram fáceis ou menos dolorosas. Pelo contrário, sentia-se burra por não ter evitado o óbvio.
Num instante que sabia ser o último, fez sua contribuição para que o oceano se mantivesse: derramou uma lágrima (ou vocês pensam que não é assim que se formam e mantêm os mares?).
Ela e a água e o sal já não se diferem. Afoga agora. Por sua própria escolha, que fique bem claro. O marinheiro só a atou porque lhe devia algo. E esse algo foi pedido da forma mais convincente possível. Era um amor que fazia sofrer; que só sobrevivia na saudade. E assim ela não aguentava mais viver.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A culpa não é minha

Acho que jogaram Veritasserum por aqui.
Andam me obrigando a postar TUDO, não consigo salvar rascunhos.
Parece coisa do Anônimo, me impedindo de ser anônima.
Originalidade a qualquer custo.

terça-feira, 23 de março de 2010

Briga - parte I

Entraram os dois, ao mesmo tempo, no ringue. Apostas feitas; a maioria foi a favor do grandão. Ele sim tinha porte de vencedor,impunha medo até em que somente assistia. É bem verdade que o oponente também o temia, e muito mais agora, que o via cara-a-cara. E digo ainda que o tal oponente_ou magrinho, como queiram_ faz o tipo que desiste na última hora; se caga de medo e vai embora pro colo da mamaezinha; coisa que o faz o mais corajoso dos homens. Ou vão dizer que não é coragem arriscar toda a sua honra em prol da vidaw? Bem, fica a critério pessoal.
Mas agora, infortuitamente, o magrelo resolve dar uma de outra pessoa que não ele e enfrenta o favorito da platéia(com acento, dane-se. Um acento, aliás, poderia ajudá-lo, mas ele prefere não lançar mão do que poderia ser chamado um truque sujo. Essa não é uma briga comum, rapazes. E moças.)

E começa a luta. O Grande Anônimo já chega com vantagem. Foi ele que começou. Porém, o que importa é quem termina, pensa o outro

segunda-feira, 22 de março de 2010

Sobre o sonho

(antes de mais nada; preciso parar de sonhar de novo.)

Sempre achei que muitos dos meus sonhos eram sépia, agora já não sei, visto que esse era amarelo. Amarelão, como se o sol estivesse nascendo em cima da gente o tempo inteiro, mas não fazia calor (que bom).

E lá estávamos eu e a Pamela, que é uma amiga minha que a galera aqui nem conhece. Só o que posso dizer é que ela é uma pessoa amarela.
Estávamos sentadas à uma mesa redonda e pequena no estilo mesa de cartomante, em uma espécie de quartinho no estilo quartinho de cartomante e ela me dizia:
_Você não gosta de Zoé, mas ela é que vai te amar como ninguém.
E eu:
_Mas eu não gosto.
_Pois então você nunca vai parir a pessoa que vai te amar como ninguém. Você nunca vai parir a Zoé que vai te amar como ninguém!
E começou a gritar isso repetidas vezes, como se quisesse que mais alguém ouvisse; nós sabíamos que tinha mais alguém ali, atrás da cortina.

E então eu comecei a ficar muito triste até que a Pamela sumiu (e nessa parte não tenho muita certeza do que ela fez pra sumir, então prefiro não dar pitaco. bem verdade é que não tenho certeza de nada, mas ah.) e apareceu a cara do Daniel na cortina (atravessando a cortina, como se tivesse um buraco) como se tivesse acabado de acordar e estava meio surdo pra mim, não ouvia parte das coisas que eu falava, e, consequentemente, eu também não ouvia.

Daí veio a imagem: eu, no canto da minha cabeça, abaixada, como se estivesse possuída ou algo assim.

E acordei sugando todo o ar em volta.

Fim.

P.S.: em algum momento eu disse que não gostava de Zoé porque era amarela demais e a Pamela me dizia que eu era laranja e roxa e tinha que dar mais atenção ao meu lado amarelo. Porém, ela admitia que era difícil, mas que grande parte da culpa era minha.

P.P.S.: em algum outro momento eu dizia pro Daniel que gostava de amarelo e que tudo era loucura das outras pessoas todas.

P.P.P.S.: e esse sonho foi grande, eu é que não lembro do resto. Ele nem começa aí, pra falar a verdade. E me deu arrepios.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sobre os sonhos

Sonhei e me lembro. Quer dizer, agora não tão bem, mas alguma coisa ficou gravada.
O que quer dizer o sonho com gente que você não vê há tempos (coisa de anos)?
Perdoe se o questionamento parece bobo ou comum, mas é que nunca lembro dos meus sonhos (talvez os leitores mais antigos lembrem disso).
E agora tenho uma imagem meio embaçada do meu primeiro namorado(!) fazendo um show com a banda dele. Só que, basicamente, ele cantava num karaokê e o baterista tocava um tecladinho de criança enquanto os outros integrantes da banda ficavam só olhando meio que hipnoticamente e estava tudo misturado; bandapúblico.
Eu não sei o que quer dizer, mas me deu saudades. A primeira pessoa que pega na sua mão e se apresenta pro seu pai (que por sinal tem uma cara de mau impagável) como seu namorado não vai ser esquecida facilmente. Claro, as outras que fizeram isso também não serão. Mas a primeira, bem, foi a que fez primeiro, né.

Enfim.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Eu me arrependo do que (não) escrevo

A verdade é que eu queria conseguir comentar todos os textos que leio (e alguns que não leio também). Não, não; alguns não necessitam, nem pedem ou aceitam comentários. O meu desejo real é deixar uma marca; algo do tipo 'lido' em todos eles. Talvez seja só frescura minha. Mas quando vejo '0 comentários' sinto um certo incômodo.
Essa sensação só aumentou depois do blogueiro maldito que, ao invés de 'comentários' ou qualquer outra palavra que tendesse a fazer uma graça, colocou 'amores'. Como posso deixar de dar amor quando este é requisitado no maior grau do desespero?
Ver '0 amores' é doloroso. Até '1 amores' machuca. Precisa-se de no mínimo dois, quiçá muitos.
É isso, amor. Simplesmente.


P.S.: Eu ando querendo escrever ficção por aqui, mas ao que parece, ando com vergonhinhas.

domingo, 14 de março de 2010

Pro Anônimo:

vais-te arrepender, como todos nós.

contra escrotisse iminente

Comecei o tratamento hoje.
Os remédios já fazem efeito.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Menção e queda

O senhor que vinha na direção contrária levantou a mão esquerda e fez menção de falar algo.
Quando vi, ele estava de olhos arregalados e eu, no chão.
Me esborrachei.
No meio da rua.
O senhor estendeu-me a mão, e "Eu tentei te avisar, mas aí foi tarde."
_Brigada.
_Esse pedaço escorrega mesmo, ainda mais pra quem tá de chinelo.
_Ahan. Brigada.
_Machucou?
_Não, não. Brigada.

E ainda disse 'brigada' mais uma vez.
Ele quase me salvou.

Mas o pior foi chegar na casa de minha avó e ouvir um "caiu de madura, foi?".

Avesso

Eu queria que me pudessem virar do avesso. E iam ver tudo o que venho escrevendo ultimamente.

sábado, 6 de março de 2010

Eu quero que todos estejam vivos

Vivos e acordados.
E logo depois dormindo.
Porque contraí a doença do sono; durmo a qualquer hora em qualquer lugar todas as posições são confortáveis.
E me perdi das vísgulas isso é um parênteses.
Digo, vírgulas. Olha ela aí.

E acho que tô tendo uma certa depressão também, que dá só em certo momento.
E tenho saudade daquele que me chama Margarida como se fosse Jardim.
Não aguento mais meus posts aqui.
Cada dia mais pessoais.
Cada dia menos eu.
Porque eu quero ser impessoal.

segunda-feira, 1 de março de 2010

um milhão de batimentos cardíacos agora.

Nesse momento. Mais de um milhão, até.
E um grito após desligar o telefone:
EU QUERO ENCHER A MINHA VIDA!

E é isso.
O que um 'vou passar aí mais tarde', um convite, um 'vai revelar essas fotos agora!' e um telefonema não fazem com umas férias sem nada pra fazer?

Corri.