Considere aqui um fato medianamente excepcional: sua mãe comprou três metros de plástico bolha.
Sim, você sabe que foi isso que pediu de Natal. Não exatamente três metros, mas o plástico em si. Você sabe também que seus pais nunca, em sã consciência (se é que algum dia existiu uma consciência que fosse verdadeiramente sã) te dariam isso como presente. Afinal, os próprios afirmaram que isso não é presente e perguntaram o que você faria com ele. Mediante a sua resposta, ambos tiveram espasmos; não parece uma boa idéia rolar uma escada rolante que sobe. Muito menos enrolado em plástico bolha. Imagine os riscos de asfixia.
Mas agora aí está você, abrindo aquele armário que nunca alcançou, nem nunca vai alcançar no canto mais longínquo da área de serviço (procurando algum produto de limpeza que tire rápida e desesperadamente manchas de parede, pois, não satisfeito com as portas de blindex do Box, você resolve pichar o teto da sala com canetinha azul) e uma sacola cai na sua cabeça e depois no chão, permitindo que o plástico se liberte.
Uma faixa se estende do tanque até a lava-louças; inacreditável. Esfrega os olhos, belisca-se: é verdade. Então você nota que, junto com o plástico, veio um papelzinho, manuscrito com a letra de sua mãe: “embalar copos para a mudança”.
Escuta-se o ruído da porta da sala abrindo e você lembra do teto com ovelhinhas azuis. Mas agora, pelo menos, tem com o que argumentar.
A dona da casa chega e grita:
_Meu Deus, criança, o que você fez com o teto?
E você:
_Meu Deus, mulher, como você pôde trair o movimento?
Aí você consegue realizar o seu desejo de Natal, pois foi emancipado. Aos 11 anos.
9 comentários:
Já escrevi melhor.
-.-
acho que não entendi o final.
o_o
mas plástico-bolha é MARA.
Contei que uma vez eu comprei um rolo de 70m de plástico bolha?
Dei de presente, mas a pessoa nem gostou. ;/
PS: Minhas palavras de verificação sempre são muito boas!
Olha essa: "dionisms"
(muçum estudando mitologia grega.. hahaha!)
Pode parecer estranho, mas o estilo desse texto me lembrou o estilo de animação daquele animatrix do garoto, correndo, na escola, lembram?
Engraçado me lembrar disso agora, mas pareceu muito (do tipo, se fossem desenhar seu texto, seria naquele estilo).
Cara, o texto tá bizarro, mas eu já não agüentava mais abrir o blog e não ter nada de novo, aó acabei escrevendo qualquer porcaria mesmo.
Prometo que da próxima vez escrevo algo decente. Sobre perda da memória, talvez. =]
E Daniel, falou grego pra mim. Aliáás, grego não, falou em "algébrico".
E Chay, qual foi a última vez em que você esteve sóbria? õ.o
Tô com uma impressão de que há um bom tempo não falo com você com plena consciência.
Whatever.
E como assim a pessoa não gostou de 70m de plástico bolha??????
*o*
Laiane, vai tomar no cu, você não vai me perseguir agora com essa sua ondinha hare krishna.
eu SEMPRE falo sóbria com você. ¬¬
Desculpa se sou burra e não entendi o final da história.
u_u
"Olha essa: "dionisms"
(muçum estudando mitologia grega.. hahaha!)"
/euri
e quem não gosta de plástico-bolha tem que tomar porrada.
Hauhauhauha.. calma baixo, gente! Chay revoltadassa.. uahuahuha.
...duvido que esteja sóbria.
BRINCADEIRA!
Calma.
Engraçado, da vez que vim aqui antes li muito rápido e não capturei a parte da "perda de memória, talvez". Engraçado que ontem mesmo lá em casa rolou uma parada sobre perda de memória.
Entendem? Só agora que li! A coisa foi escrita escrita pela Lai antes, e eu não tinha lido, foi acontecer só ontem, sem que nenhuma das partes soubesse. Maldito inconsciente coletivo.
É, eu sei, não deu pra entender nada.. Bem, paciência.
Pois é, achei que não tinha ninguém no mundo que não gostasse de plástico-bolha. O foda foi carregar um rolo gigante do centro do rio até minha casa em petrópolis, embrulhar, fazer uma surpresa e tchans! "Eu não gosto de plástico-bolha".
Foi o fim.
(suppe)
não tô revoltada, juro.
mentira, estou sim, pq agora a laiane acha que o mundo inteiro é composto apenas por drogas.
¬¬
não entendi o que você quis dizer, daniel
o_o
Postar um comentário