ele pensa e não diz
onde tem muita água
tudo é feliz.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Só pela falta do que fazer causada pela falta de voz

Pequena observação inicial: a perda parcial da voz pode acarretar em uma espécie de broxância crescente.


Nunca lembro de meus sonhos:

1- Sonhei que estava de volta às aulas e no primeiro dia, os professores tinham que cozinhar parar os alunos. E o principal: a comida tinha que ficar boa. O problema é que os ingredientes eram limitados, então o segundo professor do dia já penava pela falta de certas essencialidades, e tinha que inventar algo novo com o que lhe restara. Eu ainda tentava ajudá-lo, mas não surtia grande efeito.

2- Sonhei que ia a um restaurante em que geralmente vou com meus pais, porém dessa vez fui sozinha. Na fila para pagar, encontrei alguns vizinhos que, além de perguntarem se o estabelecimento aceitava um certo cartão de crédito, ainda quiseram saber se os donos comercializavam ácido (sim, esse mesmo). E vejam que coincidência, não é que o carregamento tinha acabado de chegar! Resultado: meus vizinhos se entupiram de drogas e eu resolvi comprar umazinha pra experimentar. Tive problemas na hora de pagar; a mulher não acreditava na idade que eu dizia ter, mas mesmo assim, acabou vendendo. Passei o resto do sonho indo para a escola ajudar professores a cozinhar (super irônico) e me remoendo por dentro, por não conseguir tomar o ácido, remorso por ter mentido a idade. Não me lembro bem, mas acho que no final acabei comprando mais e mais e mais e mais e tomando tudo de uma vez. Acho que morri. Mas não tenho certeza; nunca lembro dos meus sonhos.

7 comentários:

Fogo de Artifício disse...

Dessa vez vai ser de graça, aproveite:

"Estar de volta as aulas simboliza exatamente isso. Estar de volta ao dia-a-dia, às obrigações e chatisses do cotidiano.

A questão da comida e dos professores é a seguinte: você está ansiosa. Ansiosa de uma forma receosa. Você sabe como as coisas serão. Quantas e quantas vezes as aulas já recomeçaram e você sabe como aquela graça e novidade inicial logo se esvairá. Você teoriza e sonha com um ambiente diferente. Onde os mestres tivessem que se pôr ao dispor dos alunos, tentando agradá-los e entretê-los. Não satisfeita, sua consciência ainda os põe em condições desagradáveis, quantas vezes você não teve que aguentar aulas e mais aulas enquanto a sua paciência só acabava? Enquanto você só ficava mais cansada, tudo parecia mais difícil e começava a crescer em você aquela sensação de "me tira daqui!". A pressão era a mesma mais a motivação, os ingredientes... começavam a faltar.

Quando você era menor tudo parecia mais fácil. As aulas eram mais curtas, as brincadeiras em casa mais divertidas. A vida era simples e boa. Sem pretenções. Seus pais estavam sempre lá quando você precisava. Você sentia o apoio deles, aquele colo quentinho sempre que alguma coisa acontecia. Acontece que essas seguranças começaram a ficar no passado. A vida nos chama. O mundo nos engole. Isso está representado no restaurante... Aonde antes você ia com seus pais e agora, out of the blue, você se vê sozinha.

Os vizinhos representam pessoas próximas a você. Mas que, também do nada, agora perguntam por drogas e formas alternativas de pagar suas contas, satisfazerem suas necessidades e obrigações.

Tudo está mudando. E você não pode ficar para trás, pode? Você corre pra alcançar mundo. Corre para ser feliz. Pega um pouco do ácido também. Mente."

'Mas quem você quer enganar?', a sua consciência te pergunta. E esbofeteia-te com sonhos desse tipo.

Tratamento recomendado:
*Procurar prazer em coisas simples
*Envolver-se com atividades saudáveis.
*Seguir o SEU fluxo.

Boa sorte ^^

Daniel Gaivota disse...

Mas o que você faria se dia dezesseis você descobrisse que o Pedro Segundo virou uma escola de culinária?



Resposta: corra para o restaurante. Lá deve estar vendendo ácido.




(squenat) - coincidência, significa, em Tagalo, "saudade".

caio k disse...

*Seguir SEU fluxo?

Pensei que existisse um só fluxo universal.
Talvez isso tudo tenha sido uma lembrança de uma conversa com o Caio: você é doida demais. Não usa drogas não né? Ao que se responde: Ah, não. Só de vez em quando. hehehe.

Esse seu mundo é muito alternativo.

Ainda lembro de quando costumava ser normal.

Ferreira, Lai disse...

Rudy é forte candidato a Freud do ano. =p
Você disse muita coisa que pode ser atribuída a muita gente, diria que quase toda a população de classe média brsileira.
Eu concordo e discordo.
Assim como amo e odeio profundamente todo o tipo de análise psicológica.
Odeio lembrar dos meus sonhos, by the way. Nunca acredito em interpretações dos mesmos. Desculpe. Mas valeu a tentativa.
(=
E defina atividades saudáveis.
=p

P.S.: Dessa vez NÃO discordei só por discordar. rs


Daniel, não acredito em você. Não agora.


Caio, eu já deixei de tentar entender o que significa "fluxo" pro Rudy.
E não existe ninguém normal. Isso foi coisa que inventaram pra ter um maior controle dos civis, vai por mim.
Um pouquinho de drogas não vai te matar.
Ok, parei.

Daniel Gaivota disse...

Mas eu juro que lá deve estar vendendo ácido, não é mentira!!

Ferreira, Lai disse...

Daniel, para com isso!
Quem eu quero enganar?
Claro que eu acredito em você!
=pp

Daniel Gaivota disse...

: D

Você acredita porque é verdade.
Eu nunca minto.

(nomeneg)