ele pensa e não diz
onde tem muita água
tudo é feliz.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

o bairro da saúde

eu nunca entendi o bairro da saúde. nem o encantado.

em são são gonçalo tem um bairro que se chama meia-noite. um dia ainda pego o ônibus pra lá, juro. na verdade nem é um bairro, é uma rua muito grande.
e o morro da conceição, tem jardim suspenso, que nem aqui em casa, só que melhor, maior. tem até as estátuas.

um frio de mentirinha, eu não sei porque tô tão arrepiada. geralmente fico assim quando conto mentira. mas dessa vez é verdade, o frio que é de mentira. então tenho receio de ser mau presságio. receio, porque não quero ter medo. e o receio me parece algo menor, aquela pontinha que incomoda às vezes-sempre. ou não, nem isso. não existem sinônimos na língua brasileira, como disse o senhor na peça de ontem. linda, lindo.
de novo, calafrio. cala, frio, por favor. vai chover, mas só amanhã.

quero morar em bonsucesso. tenho essa loucura por lugares assim, bonsucessos. morro de tesão. até passou o calafrio agora, que falei nisso.
imagine trepar num lugar imenso, abandonado, poluído, caído aos pedaços, as tintas descascadas em todos os lugares, barulhos que vêm de fora, olhos que espiam pelas frestas. a plenos pulmões, a plenos pulmões. sujeira sujeira sujeira sujeira sujeira sujeira sujeira. eu sugiro

que você lembre onde colocou as roupas. fez uma trilha delas. das nossas.
eu aprendi essa palavra semana passada. então acho que nunca trepei na vida. eu só fazia foder.


mas então, eu acho saudável. essa poeira pueril, sabe. não, não sei.

mas é. é o bairro da saúde. é pra lá que eu vou. meu
amor.

Nenhum comentário: