ele pensa e não diz
onde tem muita água
tudo é feliz.

sábado, 6 de novembro de 2010

Mr. Cellophane

Da carteira velha e carcomida:

. na parte principal, dinheiro, né, dã;
. na segunda parte principal, coisas especiais. Dois Hipnótics (dá pra comprar um Sandy, quiçá um Júnior_esse dia foi sensacional), uma nota de um real que jamais gastarei ou venderei, nem quando custar dez reales, a seda de cereja que jamais fumarei, minha identidade da foto mais feia da minha vida e junto com ela o papelzinho dizendo que eu votei no segundo turno da eleição, meu título de eleitora que esqueci de guardar na gaveta (não tem porquê ficar andando com isso na carteira), a carteirinha do bandejão da UFF dentro da capa da minha antiga carteirinha do Pedro II, o cartãozinho da yoggofresh (aliás, ganhei um yogurte grátis), porque sou dessas, um cine-passe do CCBB vencido há um tempinho;
. no esconderijo do lado esquerdo, o pacotinho de sedas que nunca acaba;
. no esconderijo do lado direito, o cartão com o telefone da minha ginecologista_como se eu nem tivesse ele gravado no celular;
. na parte de cartões, adivinhe só, cartões! o da Unimed, o do Itaú, o Riocard, o Bilhete Único, que agora serão mais bem guardados em seu novo lugar;
. na parte transparente, o número meu CPF e de alguma senha meio desnecessária que resolvi anotar just in case, a conchinha;
. na parte das moedas, um alfinete daqueles de fralda, pequenininho, uma de dez centavos e não guardava mais a moeda de um centavo da qual não vou me livrar e o centavo argentino que ganhei, que me dão sorte, porque quero que deem.

Enfim, me senti meio burguesa na troca das carteiras. Meio velha, também, visto que agora não é mais uma carteira pequena e infantil da Pucca que já tava se desfazendo (a própria Pucca em breve não seria mais reconhecida) e sim uma grande de adulto e só.

Eu tinha uma consideração final a fazer que não tinha nada a ver com o resto, mas esqueci. Droga. Isso que dá ficar enrolando pra escrever. Ou não. Que seja. Eu dei um beijinho na testa da Pucca, gostava muito dela.

4 comentários:

Mariana Fontes disse...

Ah, até eu vou sentir saudade dela. E eu também troquei a minha da Hello Kitty que eu nem gostava por uma de adulto. É estranho no começo, mas depois você se acostuma.
E não tire seu Hypnotic da carteira por nada. Você acha que é o centavo argentino que te dá sorte, mas na verdade é ele.
Eu também ainda tenho o meu. Na agenda, junto com os desenhinhos que a Érika me dava.

Não canso de dizer que amo vocês.

caio k disse...

você se desfez realmente da carteira velha?

Ferreira, Lai disse...

Cara, quero muito ver vocês, fazer uns Hypnotics mais e sair gastando, rs.

Agora entendo, é ele mesmo que dá sorte. :D

E não, claro que não me desfiz, ela tá na gaveta agora.

chayenne f. disse...

"E não tire seu Hypnotic da carteira por nada. Você acha que é o centavo argentino que te dá sorte, mas na verdade é ele.
Eu também ainda tenho o meu. Na agenda, junto com os desenhinhos que a Érika me dava.

Não canso de dizer que amo vocês."





Eu nunca ganhei um Hipnotic. Eu não tava na sala essa hora ou esse dia. Mas eu amo vocês, se eu falar isso pra moça do caixa ela considera como moeda corrente ou com vocês só vale Hipnotic?

A propósito, não tenho carteira. Nunca quis, ainda não quero. Esse processo de recolhimento de coisas que deveriam ser importantes (e a todo momento tentam te convencer disso) eu faço a toda ocasião. Passo do sutiã pra mochila, da mochila pra calcinha, da calcinha pra bolsa da amiga mais vaidosa e assim por diante. Te falar que não deu sorte, nem azar. Mas o motivo está supracitado.