ele pensa e não diz
onde tem muita água
onde tem muita água
tudo é feliz.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Hemorragia de palavras ou Sobre o que eu não acredito
A Prolixidade, em busca de uma posição mais sintética, emudece. Extremista como só ela, não se contenta com o meio termo. Daí então, só se permite falar para si própria. E no meio desse falatório egoísta, encontra-se às voltas com sua infância, onde ainda não era prolixa, apenas chatinha, porém enquanto todas as outras características ainda eram tão pequenas, ela já se mostrava grande e desenvolvida demais para a idade. Depara-se com a paciência, velha conhecida. O que a pobre Prolixidade não sabia é que a antiga amiga a estimava por demais. Na verdade, sempre teve grande paixão por ela. Paixão esta que nunca foi revelada, pois a Paciência é tímida que só ela. A Paciência escuta sempre, raramente se expõe. Diferentemente da Prolixidade, que nunca é finita, tem sempre o que argumentar. Por isso a paixão. Uma crê que completa a outra e vice-versa. A pena é que a outra nunca soube de tal consideração. E agora, está muda; estão iguais, Prolixidade e Paciência. Não trocam palavras, apenas se olham. Até que a mais tímida e menos verborrágica toma a coragem que nunca teve e externa-se. A outra, ainda calada, sente-se exulta como nunca antes e descobre como pode ser gratificante ouvir e decide juntar-se à outra, por pura vaidade e egoísmo. E assim permanecem juntas, com suas naturezas postas à prova; trocam-se de significado.
segunda-feira, 30 de março de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Só pela falta do que fazer causada pela falta de voz
Pequena observação inicial: a perda parcial da voz pode acarretar em uma espécie de broxância crescente.
Nunca lembro de meus sonhos:
1- Sonhei que estava de volta às aulas e no primeiro dia, os professores tinham que cozinhar parar os alunos. E o principal: a comida tinha que ficar boa. O problema é que os ingredientes eram limitados, então o segundo professor do dia já penava pela falta de certas essencialidades, e tinha que inventar algo novo com o que lhe restara. Eu ainda tentava ajudá-lo, mas não surtia grande efeito.
2- Sonhei que ia a um restaurante em que geralmente vou com meus pais, porém dessa vez fui sozinha. Na fila para pagar, encontrei alguns vizinhos que, além de perguntarem se o estabelecimento aceitava um certo cartão de crédito, ainda quiseram saber se os donos comercializavam ácido (sim, esse mesmo). E vejam que coincidência, não é que o carregamento tinha acabado de chegar! Resultado: meus vizinhos se entupiram de drogas e eu resolvi comprar umazinha pra experimentar. Tive problemas na hora de pagar; a mulher não acreditava na idade que eu dizia ter, mas mesmo assim, acabou vendendo. Passei o resto do sonho indo para a escola ajudar professores a cozinhar (super irônico) e me remoendo por dentro, por não conseguir tomar o ácido, remorso por ter mentido a idade. Não me lembro bem, mas acho que no final acabei comprando mais e mais e mais e mais e tomando tudo de uma vez. Acho que morri. Mas não tenho certeza; nunca lembro dos meus sonhos.
Nunca lembro de meus sonhos:
1- Sonhei que estava de volta às aulas e no primeiro dia, os professores tinham que cozinhar parar os alunos. E o principal: a comida tinha que ficar boa. O problema é que os ingredientes eram limitados, então o segundo professor do dia já penava pela falta de certas essencialidades, e tinha que inventar algo novo com o que lhe restara. Eu ainda tentava ajudá-lo, mas não surtia grande efeito.
2- Sonhei que ia a um restaurante em que geralmente vou com meus pais, porém dessa vez fui sozinha. Na fila para pagar, encontrei alguns vizinhos que, além de perguntarem se o estabelecimento aceitava um certo cartão de crédito, ainda quiseram saber se os donos comercializavam ácido (sim, esse mesmo). E vejam que coincidência, não é que o carregamento tinha acabado de chegar! Resultado: meus vizinhos se entupiram de drogas e eu resolvi comprar umazinha pra experimentar. Tive problemas na hora de pagar; a mulher não acreditava na idade que eu dizia ter, mas mesmo assim, acabou vendendo. Passei o resto do sonho indo para a escola ajudar professores a cozinhar (super irônico) e me remoendo por dentro, por não conseguir tomar o ácido, remorso por ter mentido a idade. Não me lembro bem, mas acho que no final acabei comprando mais e mais e mais e mais e tomando tudo de uma vez. Acho que morri. Mas não tenho certeza; nunca lembro dos meus sonhos.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Não que eu tenha crises de tamanho. Gosto dos meus 1,57m. Mas ultimamente não estou cabendo mais. Me sinto apertada, esmagada, dentro de mim mesma. É meio difícil de explicar. É como se o tecido estivesse esgarçando, como uma calça jeans velha que você usa muito; ela vai perdendo a cor e as costuras vão cedendo aos poucos. Até que um belo dia você veste e ela abre até
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Princípios de chocolate
[...]
_E se eu te der um chocolate, você acredita em mim?
_Não tente me comprar, mocinha.
_Claro. Você é cheio de princípios. Hunf! Pois então fique com seus princípios, que fico com meus chocolates!
_Eu e meus princípios podemos ir até a cozinha, onde tem chocolate também.
_Mas você vai ter que dividir com eles. Eu não. Vou comer tudo sozinha.
_Verdade. Você vai comer os chocolates da culpa por não ter princípios.
_E daí? Você vai comer meio terço de chocolate da consciência limpa.
_Tem bastante chocolate aqui em casa.
_Mas não o suficiente para todos os seus prinncípios.
(Contente-se. Ou imagine o resto. Minha literatura anda meio incompleta.)
_E se eu te der um chocolate, você acredita em mim?
_Não tente me comprar, mocinha.
_Claro. Você é cheio de princípios. Hunf! Pois então fique com seus princípios, que fico com meus chocolates!
_Eu e meus princípios podemos ir até a cozinha, onde tem chocolate também.
_Mas você vai ter que dividir com eles. Eu não. Vou comer tudo sozinha.
_Verdade. Você vai comer os chocolates da culpa por não ter princípios.
_E daí? Você vai comer meio terço de chocolate da consciência limpa.
_Tem bastante chocolate aqui em casa.
_Mas não o suficiente para todos os seus prinncípios.
(Contente-se. Ou imagine o resto. Minha literatura anda meio incompleta.)
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
procure por "civilização" no dicionário
"Sorte de hoje: Um homem sem conhecimento é como um selvagem da floresta."
Bem, não é todo dia que o pseudo-horóscopo do orkut me lembra Rousseau.
Mas acho que ele (Rousseau) não ia gostar muito dessa frase aí. Suponho que ele gostava de selvagens. Acho até que ele gostaria de ser um. Não, não, talvez ele os invejasse. Não, não, ele fingia. Fingia defender os intocados pela civilização. Mas duvido que tenha ido acampar ao menos uma vez.
Bem, não é todo dia que o pseudo-horóscopo do orkut me lembra Rousseau.
Mas acho que ele (Rousseau) não ia gostar muito dessa frase aí. Suponho que ele gostava de selvagens. Acho até que ele gostaria de ser um. Não, não, talvez ele os invejasse. Não, não, ele fingia. Fingia defender os intocados pela civilização. Mas duvido que tenha ido acampar ao menos uma vez.
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