ele pensa e não diz
onde tem muita água
tudo é feliz.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Oi, Kafka

Já conhecia aquele barulho. Era o vento soprando janela adentro, fazendo a persiana balançar. Foram tantas noites sem dormir por causa de tal som, acreditando serem asas de inseto gigante, que agora, desvendado o mistério, mal o percebia.
“Vem chuva por aí”, pensou. O barulho agora aumentara, o vento era forte. Foi então que notou que na varanda não corria uma brisa sequer. Achou encantador o poder da natureza: de um lado da casa (no quarto) esperava-se grande tempestade; do outro (a varanda), o céu aberto.
E assim continuou o que estava fazendo. Até que a luz se foi. Era cedo ainda, mas mesmo assim amaldiçoou o vento, por fazer estragos na rede elétrica. Seguiu-se a isso o barulho de passos. Na verdade não eram passos, eram como contas caindo no assoalho e fazendo ‘tec tec tec’, porém com intervalos de tempo que a fizeram remeter a passadas lentas.


(Há tanto tempo no meu desktop que cansei, tive preguiça de terminar. Estragando a surpresa de uma suposta continuação: ia aparecer um inseto gigante que conversaria com o personagem principal, falaria umas bobagens sobre medos e sujeira e o jantar do dia anterior. Metamorfose pra vocês.)

4 comentários:

caio k disse...

Aí o inseto gigante entra pela janela, fecha suas asas mosquitosas e senta sua bunda bem abelhuda no sofá. Cruza as perninhas de aranha, e diz:

- There's a storm coming Harry, just like last time.

Bianca Burnier disse...

aaaaaaah, só o Kafka me entende em relação ao inferno de acordar depois de dormir...

Mariana Fontes disse...

hahahahaha, adorei o comentário do Caio. rs

-A Ana disse...

Laaai,poxa,pena não ter continuado =/ mas (só pra variar),eu ameeeeeeeeei assim mesmo.mtoo mto phoda! parabéns minha autora favorita!*-*
-eu queria ser que nem a Lai qnd crescer ;p -